domingo, 6 de dezembro de 2009

PÁSCOA: A CELEBRAÇÃO DA VIDA

         Não existe maior prova de amor do que alguém se entregar à morte para salvar a vida do próximo.
         Foi isso que fez Jesus, entregando-se aos seus algozes para salvar a humanidade. “Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem” (Lc 23,34). Na Páscoa do Senhor, celebramos a Ressurreição de Cristo. O Deus que se fez homem entregou a sua vida e venceu a morte. Aleluia!

         É difícil imaginar hoje, em pleno século XXI, e passados quase dois mil anos da morte e Ressurreição de Cristo, alguém que teria a mesma atitude de coragem, de solidariedade, de altruísmo em função do outro. Hoje, infelizmente em tudo o mundo, a ganância, a inveja, a mesquinhez, são os sentimentos que ainda dominam o coração do homem pós-moderno. O povo Cristão precisa ocupar o seu lugar nesse contexto: educar, fazer ecoar a Palavra de Deus, evangelizar!

         Somos as ovelhas que o Bom Pastor há de guiar pelos séculos e séculos. “Rogo-te que não haja discórdia entre mim e ti, nem entre nossos pastores, pois somos irmãos” (Gn 13,8). É preciso, fundamentalmente, que reconheçamos o outro (o nosso próximo) como nosso irmão, como nossa irmã. A busca pelo Reino dos Céus deve começar dentro de nós mesmos. Façamos uma reflexão: será que teríamos a coragem que teve nosso Salvador, de abrir mão da própria vida para salvar os outros?

         No atual contexto em que vivemos, fica muito difícil imaginar que o ser humano tenha tanto altruísmo ou um grande senso de desprendimento das coisas materiais. A televisão deturpa as almas, o capitalismo corrompe o caráter, a intolerância segrega os povos. Mas, não foi o próprio Cristo que nos ensinou que somos todos irmãos, independente de nossas crenças? Afinal, Deus disse a Abraão que faria dele pai de uma “multidão de povos” (Gn 17,5). 

         E hoje, infelizmente, vemos essa grande família desmantelada e entregue à idéias torpes, aos vícios, afastada do Pai, perambulando pelo mundo como marionetes nas mãos dos poderosos reis de outrora, que parecem ter deixados seus herdeiros sobre o mundo. É preciso buscar a unidade Cristã, reunir a família e aparar as arestas. Que tal tentarmos começar a fazer isso dentro de nossas próprias casas?

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